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Testes genéticos e origens étnicas

Testes genéticos e origens étnicas

Os testes genéticos são mais rápidos e sedutores que as longas e muitas vezes infrutíferas buscas por certidões e assentos paroquiais, entre outros documentos, e são ótimos para nos dar pistas sobre nossas origens étnicas. Isso porque o DNA contém pistas genéticas que permitem detectar os diferentes países de origem dos seus ancestrais. Por exemplo, se você tem genes comuns a europeus e africanos, é possível descobrir de onde vieram seus antepassados.

E ainda são mais baratos que as buscas feitas por genealogistas profissionais. Incrível, né? 

Preciso fazer o teste em toda minha família?

Não é necessário. Se você for homem, poderá fazer todos os testes disponíveis: DNA-Y, para análise de herança pela via paterna; DNA mitocondrial, para análise da herança pela via materna; e DNA autossômico, para análise da composição etnogeográficas geral, isto é, da mescla de componentes etnogeográficos que você herdou de seus antepassados.

Se você for mulher, apenas não poderá fazer o teste do DNA-Y, mas poderá contar com seu pai, um irmão, tio ou avô paterno para obter uma análise da herança genética paterna.

Não existe o melhor teste. Existem os testes possíveis e pelos quais você possa pagar, mas é importante saber de antemão que os testes genéticos não substituem a pesquisa em documentos. Isto é, se você deseja saber mais sobre sua origem, conquistar a cidadania ou identificar parentes mais antigos, não deve descartar uma boa pesquisa genealógica.

Posso conseguir informações sobre origem étnicas sem testes genéticos?

De certa forma, é possível pois a prevalência de doenças em nossos ramos familiares nos permitem, na ausência de provas documentais, levantar hipóteses sobre as origens etnogeográficas de nossos antepassados.

O fato é que várias doenças de fundo genético parecem apresentar distribuições diferentes dentro das populações contemporâneas em função das origens etnogoegráficas dos indivíduos que as compõem. A relação abaixo apresenta algumas dessas doenças e as populações nas quais foi observada maior incidência:

Anemia falciforme: populações subsaarianas, do oriente médio, da Turquia, da Grécia, da Itália e – por conta das correntes migratórias oriundas dessas regiões – também da América Latina;

–  Fibrose cística: norte europeus;
–  Hemocromatose hereditária: norte europeus, particularmente de ascendência celta;
–  Intolerância à lactose: predominante entre nativos americanos e hispânicos e judeus asquenazitas;
–  Talassemia: populações do mediterrâneo;
–  Tay-Sachs: judeus asquenazitas.

Seguindo esse raciocínio, a ocorrência de casos de talassemia em um ramo familiar poderia sugerir que algum antepassado desse ramo teria emigrado do sul da Europa ou até do Oriente Médio, por exemplo. Na ausência de relatos familiares, fotos, passaporte – para não falar assentos e certidões – , essa observação sugeriria ao menos uma região na qual concentrar as pesquisas.

Leia também: Quais as limitações dos testes genéticos?

Por que meu teste genético indica origem diferente da minha família?

É comum acreditar que famílias estabelecidas há séculos no Brasil tenham em sua composição genética elementos dos três grandes grupos formadores: o indígena, o europeu e o africano.

Pelo mesmo raciocínio, isso não ocorreria em famílias estabelecidas mais recentemente, por volta do século XX, por exemplo, nas quais um desses elementos poderia existir de forma exclusiva – caso de minha família paterna, de origem portuguesa. Mas a realidade é mais completa do que pode parecer, pois esse raciocínio se baseia na crença de que os elementos indígenas e africano (escravizados) estavam presentes apenas no Brasil. Como talvez você já saiba – ou deva ter deduzido, o raciocínio está equivocado e precisa ser desconstruído.

É necessário entender que a escravidão – de negros, principalmente, mas também de outros povos – é um fenômeno antigo no Velho Mundo. Antes que os africanos fossem escravizados para o trabalho nas lavouras americanas, eles já eram explorados nas ilhas atlânticas portuguesas e mesmo no continente. E a miscigenação ocorreu em ambos os lados do Atlântico, como portugueses, que acreditavam ser puramente brancos e europeus, descobriram, com surpresa, após se submeterem a testes de ancestralidade genética.

Para entender o porquê, você precisa conhecer um pouco da História de Portugal, que hoje é uma nação de um povo único, mas já foi terra ocupada por diferentes povos: celtas, romanos, germânicos, judeus e beberes. Estes últimos eram povos que habitavam o norte da África, foram conquistados pelos árabes e ocuparam a Península Ibérica entre 711-868 d.C.

Lembre-se sempre que: O resultado de seu teste não é nada excepcional, pois apenas informa que você, como grande parte dos portugueses contemporâneos, descende dos berberes, que constituíram famílias com mulheres locais da península. 

Como está sendo sua pesquisa genealógica? Vem enfrentando limitações que te impedem de prosseguir? Entre em contato com a nossa equipe, a gente te ajuda. 😉


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